Continuando com as notícias do show em Belo Horizonte, o Portal UAI fez uma resenha do show e disponibilizou um pedaço do show em vídeo no final da página, além de um link para fotos.
Paramore se sentiu em casa, literalmente.
Barulho, muito barulho. Quem esteve no Chevrolet Hall no último dia
17 de fevereiro constatou o frissom que o furacão chamado Paramore repercutiu
nas adjacências.
Casa de shows cheia, milhares de adolescentes na pista
(e pais, mães e acompanhantes, na arquibancada) testemunharam uma ótima
apresentação da vocalista Hayley Williams e seu grupo.
Antes do show, os
fãs ávidos pra chegarem perto dos seus ídolos protagonizaram um empurra-empurra,
sem maiores consequências. A cada minuto que o show se aproximava, o clima
esquentava, tanto o calor dentro do ginásio, quanto da tensão de um público
prestes a explodir. A mera presença dos roadies subindo no palco para fazer
ajustes já era motivo de gritaria.
E o público explodiu. Extamente às
20h55, cinco minutos antes do previsto, a banda começou a tocar Ignorance e os
tímpanos vibraram ao extremo, parecendo que iam explodir, tamanha a gritaria e
excitação do público. Em 5 segundos, o público estava na mão. Hormônios em
fúria.
A cada aceno da vocalista, as arquibancadas urravam. No início do
show, a banda ainda emendou outras músicas famosas, como That’s what you get e
For a pessimist, I’m a pretty optimistic. Se bem que, como o público cantava
todas as músicas, parecia que todas eram consagradas.
O Paramore se
apresentou com seis músicos, todos com boa presença de palco, principalmente a
carismática vocalista. Após a explosão inicial, a banda apresentou um set
acústico, com quatro músicas, sendo uma inédita, In the mourning.
Logo
em seguida, a temperatura voltou ao subir com os sucessos Crushcrushcrush,
Pressure e Looking up. O momento meigo da noite foi a balada The only exception,
com o público indo às lágrimas e erguendo balões brancos.
No bis, a
vocalista volta com uma camiseta com a bandeira de Minas Gerais, mas nem
precisava. O público já era dela há tempos. Ainda emendaram o hit Brick by
boring brick e fecharam com Misery business, fazendo o Chevrolet Hall tremer,
com todos pulando. Momentos depois, em sua página do Twitter, declarou que “o
show foi insano. Estava muito quente e barulhento. Muito obrigada Belo
Horizonte. Me sentindo bem com estes dois shows em 2011″ (Show em BH foi o
segundo da turnê, após Brasília).
Paramore, o novo e o velho rock
A banda de abertura, Hey Ladies, de Belo Horizonte e os fãs de Paramore
deram declarações apaixonadas e até surpreendentes. O Hey Ladies mesclou música
própria com covers de AC/DC, Jet, Lady Gaga, The Hives e Ramones, acompanhados
em coro pelo público.
“Abrir o show foi perfeito, simplesmente perfeito.
Fomos muito bem recebidos e o público cantou todas as músicas que a gente tocou.
Essa foi a nossa surpresa principal, a galera ainda tem muito preconceito com
esse rock novo que é feito aqui e lá fora. E esse público do rock novo, conhece
todas essas bandas conceituadas que tocamos”, disse Leca Novo, 25 anos, baixista
da banda.
Já os fãs do Paramore mostraram que conhecem rock sim,
contrariando o que muitos pensam. O músico Alexandre Oliveira, de 22 anos é um
exemplo. “Achei o show muito bom, superou minhas expectativas, o baterista Josh
Freeze eu já conhecia da banda A Perfect Circle. Adorei o setlist, tocaram todas
as músicas conhecidas. O único show em BH que achei tão bom quanto esse foi do
Hopesfall” (em 2005).
As amigas Ingrid de Souza e Natália Moreira, de 14
anos, foram enfáticas sobre a apresentação do Paramore. Natália, que vestia uma
camiseta do Metallica e Ingrid, que se declarou fã de Guns N’ Roses e Green Day,
não pouparam elogios ao show. “Foi incrível. E foi em BH né? Pois é muito
difícil banda internacional vir pra cá. Quando fiquei sabendo, fiquei
emocionada, pois Paramore é minha banda preferida. E quando eu vi eles no palco,
eu pirei. Eu conheço o Paramore há 1 ano, mais ou menos. Mesmo se o Metallica
vier ao Brasil, não vai ser melhor.”
“Ela é mais linda do que eu
imaginava”, disse Caio Martins, de 17 anos, sobre Hayley Williams. Se a
vocalista confirmar o desejo de retornar ao país em no máximo três anos, muitos
adolescentes já começarão a contagem regressiva para reencontrá-la.

Nenhum comentário:
Postar um comentário