terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Hayley Williams: “O negócio da música é sobre as pessoas” (The Tennessean)

Hayley Williams: “O negócio da música é sobre pessoas” por Dave Paulson
(THE TENNESSEAN)

A terceira viagem do Paramore para o Grammy não é nada
além de comum para Hayley Williams, vocalista da banda de Franklin baseada em
pop/punk. Por um lado, ela não é apenas indicada com a sua banda mas também,
como si mesma pela sua colaboração com o rapper Bob em “Airplanes – Part I”, que
também dispõe de Eminem.

Em segundo lugar, os Grammys vieram apenas
alguns meses depois dos membros fundadores do Paramore, Josh e Zac Farro
publicarem amargamente que se separaram do grupo. No entanto, Williams e seus
colegas de banda ainda esperam que eles vão levar para casa um Grammy por sua
música “The Only Exception”, que está nomeada para melhor performance pop de
dupla ou grupo com vocais.

“Eu diria que sucesso é oposto de se
preocupar com números e quantidade. Está apenas se tornando menos e menos sobre
essas coisas, não apenas especificamente para nós, e eu estou vendo isso da
forma que outros artistas estão trabalhando e vivendo fora de suas carreiras e
paixões. É muito legal de ver.

O negócio da música é sobre as pessoas. E
eu acho que é por isso que eu desconcordo tanto com o aspecto dos negócios,
porque eu acho que vai além disso. É sobre uma pessoa que está ouvindo música em
seu carro, sobre que ela está passando, e como relacionam a música com suas
vidas.

Minha mãe sempre ouviu coisas como Madonna, Janet Jackson e um
monte de música pop. E então quando eu fui morar com meu pai – pois meus pais
são separados – nós gostávamos de ouvir Journey ou Aerosmith, rock clássico. Eu
sinto estar nas duas extremidades do espectro, eu sempre estive dentro da
música, desde o momento que eu era apenas um bebê. Mas entre meus pais, havia
minha tia com um toca-discos em sua casa. Ela sempre ouvia Jerry Lee Lewis e um
monte de coisas da Motown. Foi aí que eu aprendi sobre cantar em harmonia.

Eu me lembro de ouvir “Great Balls of Fire”, quando muito criança e
pensar que era a coisa mais legal que eu já tinha ouvido em todo o mundo.


As carreiras que sempre me impressionaram e as pessoas que eu sempre
admirei são os que estarão nessa área pra sempre: No Doubt, Green Day, U2,
bandas que usam o que tem em mãos para fazer a diferença e fazer com que as
pessoas se sintam bem.

Quando eles (fãs) entram em nosso show, eu quero
que eles deixam tudo o que está passando no mundo real na porta.

Chegamos ao nosso primeiro show de divulgação na Cozinha Beat, em
Chicago, uma sala pequena, mas tão pequena que nós vendemos tudo. Nós vendemos
10 datas completas em nossa primeira turnê.

Aquele era o momento. Quando
entrei no palco no nosso primeiro show, eu pensei: “Eu espero que eu consiga
fazer isso pelo resto da minha vida.”

Todo (contratempo) é diferente. Eu
me sinto testada a cada vez que tenho que passar por um desses momentos. Eu me
sinto muito impaciente. Como eu lido com as coisas – e às vezes não é tão bem –
é apenas para me manter em movimento.

Eu amo estar em turnê, pois em
turnê, tudo é fácil. Essa é a vida real para mim. Cheguei em casa e estava fora
por apenas duas semanas de um mês e meio e eu já comecei a surtar porque
simplesmente não sei o que fazer com tanta quietude.

Tudo que Paramore
tem sido é o que todos nós queremos fazer.

Para mim, o fato de que nós
podemos estar no Grammy pela terceira vez consecutiva sem nunca ter comprometido
qualquer parte do nosso talento ou de quem somos, me faz sentir muito grata.
Existem tantos artistas que não são conseguem isso. Eles têm de se moldar,
transformar e mudar para se encaixar em algo. Temos sorte.

Se nós
viermos para casa com um Grammy, será tipo: “Wow, normalmente, haveria cinco
pessoas em pé no palco.” Seria diferente e eu não vou fingir que não vai ser.
Mas eu também acho que Jeremy e Taylor me darão incentivo e motivação para o
resto do ano. Isso nos faria sentir como: “Hey, nós estamos começando este ano
tão bem que nada no mundo inteiro vai nos parar” Não que isso não aconteceria,
de qualquer maneira.”

Nenhum comentário: